(Paulo Roberto)
Eu posso sentir o calor da pólvora
O ruído das almas voando dos corpos...
Eu posso ouvir o barulho das balas,
Chumbo enferrujado no peito de minha armada.
Campo de guerra, cemitério de histórias...
Urubus a postos, refeição farta.
Corpos mutilados pela criação de antepassados,
Um pasto de sangue, o cheiro da dor.
Trincheiras derrubadas,
Áreas minadas...
As preces rogadas pela mente.
Criança degolada com a mão sobre os olhos...
O frio Soviético mordendo minha carne...
Armas desalinhadas, munição roubada.
Todo o caminho queimado.
As labaredas do Inferno lambendo as ruas da Capital.
Possas e mais possas...
O Último soldado vivo.