sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não Há Fim.

(Paulo Roberto)

Eu desejo apenas que essa noite nunca acabe.
Tenho dançado com a mente e jogado com o coração.
Não há razão para sorrir sem retorno.
Não há paixão que não queime tua paz.
Não há pena que te livre do castigo da morte,
Ainda que a dor da foice seja levemente sádica,
Exatamente como teu sorriso tem sido.

...Eu poderia escrever tantas cartas e compor a melodia para as fadas.
São verdades que não posso esconder.

Oh, Criança Encantada, sugue-me.
Criança, faça-me sonhar.
Pecarei em sonhos alados.

Tua respiração será meu metrônomo.
Teu cabelo, a crina do meu arco.
Teu sorriso, luz da fotografia.
Teus lábios serão o colchão da perdição
Enquanto teu corpo se torna meu paraíso proibido.

Minha maçã... saboreando apenas a casca
Porque ainda me mantém longe da polpa.
Quero o suco, a cor e o aroma.
Quero colher o sabor do pudor,
Quero perfumar a escuridão e fazer teu suor pingar.

Quero que se contraia pensando em meu corpo,
Quero que dê asas para que o desejo siga voando.
Empurre para as pedras o que foi lançado ao mar.
Venha comigo e esta noite não irá acabar.