quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Amanhecer Aterrador

(Paulo Roberto)

Eu estou sonhando, sem dormir, pensando...
Chorando sozinho, olhando para a lua.
Sorriso costurado, rosto iluminado,
Trilhas de fardo pintando, pingando e cortando...

Lábios secos entre dentes serrados,
Chuva de sensações selvagens escorrendo seca em meio á poros enrugados
Olhos grandes, vermelhos, desesperados...
Coração cansado de bater para um corpo morto e calado.

Não posso... eu preciso de teu cheiro grudado.
De teus braços para me sentir renovado.
Agora desejo teus lábios, rosados...
Oh, pode segurar minha mão?
Preciso te mostrar minha paixão,
Quarto escuro, lençol riscado.
Não posso afagar teu cabelos, te peço perdão...

Diga-me, Deus, o que é isso que sinto?
Agonia que grita em meio a alucinação...
Desejo correndo veia por veia,
Meu amor sincero, longe de ilusão.

Por que?
Por que estás tão longe de mim?
Oh, meu corpo está doendo, meus olhos ardendo,
Eu não quero dormir, eu sei o que vou sonhar.
Diga-me, minha dama, deixe-me realizar tudo o que tendo á fantasiar?

Deixe, o laranja já está nascendo,
Corpo celeste aquecendo o vento...
Deixe-me amar meu anjo, que esconde as asas?

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