domingo, 8 de janeiro de 2012

Manhã de Domingo

(Paulo Roberto)

Eu só queria rodar pela estrada fria
Com teus sonhos destinados para dentro do luar.
Quatro minutos e o céu será tingido com a lágrima tão bonita...

Como eu queria estar contigo neste dia,
Eu precisava por as mãos para me acalmar.
Como eu queria estar no alto deste mapa
Onde teus sonhos, esperando, vão brotar.

Sempre em frente, Som agudo.
Manhã de domingo.
Arrepios, céu profundo.

O marcador agora é exato.
O tempo está gargalhando sem parar.
Por que, Oh Deus...?
Por que é tão difícil esperar o sol começar a brilhar?

Onde está você, criança?
Por que demora? Por que não corre?
Como eu queria estar contigo, deitado.
Esperando tuas mãos me cobrirem de graça.

Sempre em frente, estrada escura.
Manhã de domingo...
Durma serena, como um anjo.

Corro para o interior das nuvens,
Vôo para o lar da chuva.
Profecias seladas, caindo, sem mais brilho.
Use teu cheiro para enfeitiçar.
Caindo, a grama é tão falha...

As estrelas, onde estão?
Por que você não está entre elas?
Eu não posso mais olhar para teu brilho.
Corra para o meu mundo.
Eu estarei lá.

Onde está o prazer de guardar
As imagens como elas devem ser?
Onde está o prazer de cantar?
Traduzir para a música
O que meu coração diz quando pulsa...

Do que adianta chorar?
Você não está aqui para secar minhas lágrimas.
Siga em frente, minha criança.
Toda a estrada é tua.

Sempre em frente, som agudo.
Manhã de domingo...
Durma serena, céu profundo.

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