terça-feira, 25 de maio de 2010

Chuva de Sensações Selvagens

(Paulo Roberto)

Doce o barulho dos trilhos,
Cheiro de chuva fina.
Luzes borrando o dia,
Coração estuprado gritando.

Você sorri de algo.
Você sussurra algo.
Você debocha de algo.
...Não existe dor.

Oh, cara Eva, por favor, não se engane.
Você sorri de meus passos, mas caminho com o peso de teus olhos...
Minhas veias dilatam & o arrepio lambe os ossos.
Teu olhar domina os nervos, explode em desejo.

Vontade insana de pecar.
Morder teus lábios rosados,
Ter tuas unhas rasgando minha carne
Tuas pernas me puxando para dentro.

Você sorri de algo...
...Sussurra algo.
Deseja algo?
...Só existe dor.

Eu vou continuar te olhando, cara Eva.
Você sorri de meus passos, mas o peso de teu olhar está comigo.
Minhas veias dilatam & o arrepio lambe os ossos.
Teu sorriso aquece a alma, explode-me em desejo.

Alguém para dizer o que devo dizer?
Alguém para dizer o que devo ser?
Alguém para dizer o que devo fazer?
Alguém morda minha jugular e faça-me esquece-la.

Os sonhos são constantes,
A agonia é constante.
Uma luz tão brilhante,
Agora acho que posso ver teus olhos.

-Eva-
Dance sobre mim,
Feche teus olhos & use teus dentes.
Doce pecado, sonhe comigo.
Morda a maçã e te farei gritar.

Estou aqui para teu sorriso.
Estou aqui para tua verdade.
Você me confunde, me faça entender.
O que porra isso significa para você...
Estou vivo, mas sem crença.
Estou faminto, mas sem fome.
Estou rindo, mas estou queimando.
Engulo a casca e saboreio a polpa...

Desejo tua pele que nunca toquei.
Os lábios quentes que nunca beijei.
Tua maçã vermelha, meu pecado próximo.
Ponha a mão direita sobre os olhos...

2 comentários:

  1. Adorei, voce e suas composições!
    Acho que suas inspirações também colaboram não é?
    Parabéns! *-*

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