domingo, 3 de outubro de 2010

Enterre isso tudo!

(Paulo Roberto)

Hey, eu fui sua marionete, não?
Você usou meus fios como bem quis.
Eu fazia o que teus dedos mandavam.
Eram frases que você tinha escrito.

Você nunca sentiu o que dizia sentir.
Nunca perdeu uma noite de sono.
O teu ciúme era pobre e fraco,
Tão fraco quanto tua vontade em mim.

Você podia me fazer feliz.
Mas você podia me iludir tão fácil...
Fui tão bobo e tão cego
Me entregando para uma que não queria o meu eu.

Mas você foi quente, meu amor.
Você sabia me fazer queimar.
Você tinha meu desejo em tuas mãos.
Então sua língua estava dentro da minha orelha e eu esquecia o mundo.

Você arranhava minhas costas.
Eu procurava teu pescoço com sede.
Teus ombros eram meus e as pernas...
Elas eram tão quentes como o inferno.

Eu me retraio de ciúme quando penso no futuro.
Eu quebro e choro quando lembro daquela noite.
E no fim, Minha Criança, tudo acabou no mesmo número em que nasceu.

Eu não preciso mais viver com migalhas, eu só preciso arrebentar os fios.
Eu ainda amo, ainda queimo; mas por quanto tempo a chama irá viver?
Por que parece ser tão fácil falar?
Por que foi tão difícil de ver?
Eu ainda penso no que ouvi, foi teu ultimo erro, Meu mestre do pecado.

Mate-me.
Estupre-me.
Use-me.
Cegue-me.
Sugue-me.
Lamba-me.

Você não pediu o meu amor.

Mete-me.
Estupre-me.
Sugue-me.
A Criança que eu amei agora queima no inferno.

...Eu vou estar aqui se teu sorriso voltar.
Se tua alegria for a mesma e teu coração me deixar entrar.
Mas não zombe do meu choro ou sentimento.
Minha sanidade não me deixa pensar.

2 comentários:

  1. Sinceramente, você tem um PUTA talento para escrever ! (:

    ResponderExcluir
  2. ta revoltadinho asuhsauhas brincadeira mto bom Pauleco...
    beijos, Mai

    ResponderExcluir