sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Twitter, Fones & Wordpad. ...Carol ♥

É, nisso que dá ficar de madrugada no PC Tweetando (Novo verbo), ouvindo coisas malucas do Megadeth, passando por Red Hot e chegando em The B-52's. ...E daqui a pouco vou ouvir Madonna, beijos (E olha que eu nem falei do Mixtape que tô ouvindo agora).

...Suficiente pra não me perder e terminar como você: Incomodado com a situação. Uoooôô, Uoôôoo, Incomodado com a situação ♪♫ *Canta*

Sim, eu não vivo apenas de Metal. 80% do tempo eu ouço sim MUITO metal. Mas...

...Enfim: Esse é um post bem diferente dos outros. É basicamente uma estorinha fofa que prometi para a Carolita, minha chefa, minha amiga e a pessoa com as bochechas mais mordíveis da terra.

Perdoe-me, a porra do blog comeu todos os meus parágrafos e tudo mais... Mas acho que dá pra ler assim. Ah, e se acharem algum erro de português muito horrendo, relevem. Escrevi isso de madruga... Comecei quase as 3 da manhã, to meio lesado! Hahaha

Espero que vocês gostem e espero principalmente que você goste, K's!
...& melhoras pra ti =D

Here it goes:


Maçãs, Coelinho, maçãs...

Não havia mais sono. Isabella dormia nos braços do pai. Os sonhos eram graciosos; estava sentada a beira de um lago esverdeado. Sua boneca, Poliana, ao seu lado, sentada confortavelmente admirando a paisagem azulada. Parecia um fim de tarde daqueles em que ela adorava brincar na varanda, esparramando coisas para todos os lados, deixando sua mãe maluca. Ela adorava aquilo. O cheiro dos pãezinhos sendo assados, o vento quente que corria para as montanhas e principalmente a soneca que sempre tirava no sofá. Mas agora era diferente. Ela não estava na varanda, nem mesmo perto de lá. Era um lugar esquisito, mas desde quando criança liga para o que é desconhecido? Estava curiosa. Levantou-se e puxou Poliana pelo braço. Seguiu com seus passos pequeninos e vagarosos. Avistou uma macieira. Seus olhinhos cor de mel brilharam como nunca. "Tem um coelinho ali!", murmurou a pequena que sem perceber estava se aproximando de vagar.

- Sr. Coelho? - Ela realmente pareceu esperar uma resposta, mas não conseguiu absolutamente nada.

-Sr. Coelho? Posso segurar você?

Oras... ela realmente queria uma resposta. Soltou a boneca vestida com uma espécie de vestido azul anil em meio as folhas secas e tomou o coelho pra si. Os pelos eram macios como algodão e tão brancos quanto. Afagou o monte de pelos e olhou nos olhos vermelhos do branquelo. Uma súbita vontade de apertar até estourar o coitado lhe correu as veias. Conteve-se. Ela definitivamente não queria e nem tinha forças para espatifar uma criaturinha tão fofa. Soltou a bolinha no chão e viu o coelho se afastar em direção ao arbusto.
Olhou para cima. Maçãs. Ah, como amava as maçãs! Era tão pequena que não conseguiria nem uma. Teve uma idéia. Alguns galhos secos estavam soltos no chão junto as folhas e flores mortas que jaziam por ali mesmo. Tentou levantar um... Oh, muito pesado. O próximo da linha parecia mais um graveto de tão fino que era! Avistou um galho a direita de Poliana e abaixou-se para pegar. Era pesadinho, mas encaixava na mão, pelo menos. Ergueu a nova arma branca e começou a movimenta-lo em direção as frutas. A primeira maçã desabou em seu pé esquerdo e uma lágrima verteu silenciosamente. Olhou para os pés e finalmente notou o que estava vestindo. Um lindíssimo vestido azul com botões dourados sobre uma camisa de mangas longas branca. Meias também brancas e um sapatinho preto. Pegou a maçã assassina e mordeu. O estralo foi seco. O sabor inundou os pensamentos. Que maravilha era aquela? "Porque as maçãs que o papai compra não são tão boas?". Decidiu correr o risco e tentar derrubar mais algumas.
Depois de um tempo com o galho para o alto ela tinha o suficiente para passar 2 dias devorando maçãs. Não derrubou tantas por fome, derrubou porque depois de um certo tempo aquilo se tornou divertido. Voltou ao lago com a boneca em uma mão e 6 maçãs dentro da bolsa improvisada com o vestido sendo segurada na outra. Sentou-se e esparramou o corpo delicado na grama. O sol já não existia. Algumas estrelas salpicavam o céu que era tomado pela lua cheia. A noite tinha uma claridade incomum naquele momento. Puxou uma maçã e dentou. Adorava aquele barulho. Olhou para o lado e arrepiou-se. Aquela pequena porção de pelos estava ali, em corpo e bigode, olhando para ela. ...Maldito floco de neve. Olhou para cima. Aquele espetáculo gelado era divinamente lindo. A ponta das árvores já estavam pintadas de branco e a grama estava perdendo o verde, inundando o horizonte e deixando-o sem cor.
Subitamente acordou. Estava chovendo lá fora. Mas não, não era neve. As gotas lambiam o vidro da janela do quarto quente que gostava tanto. Poliana estava na cadeira ao lado junto a Teddy, seu ursinho favorito. Era extremamente fofo! Olhou por um segundo para ele e sentou na cama. Refletiu sobre o sonho. Que maluquice era aquela? Maçãs, um lago, um coelho... Ah, o Coelho... Sr. Coelho, como chamava. Ela faria de tudo para tê-lo. Queria poder voltar aquele paraíso desconhecido para poder recruta-lo ao seu exercito particular de criaturas adoráveis. Exercito esse que contava com Lola, sua cadela manca (Que acabara de passar no corredor) e com o pequeno Lick, um porquinho da índia que vivia sumindo.
Ouviu barulhos. Sua mãe deveria estar preparando a mesa para o café da manhã especial... Oh, Deus! Tinha se esquecido! Era Natal! Levantou-se num pulo digno de medalha nas olimpíadas e calçou as pantufas laranjas "nada berrante". Os pais estavam na mesa arredondada conversando. Seu pai, um homem alto e forte, cabelos loiros e olhos azuis, sorriu ao ver a pequena Bella andando pela sala ainda com a carinha amassada. Diana, sua mãe, foi ao encontro da filha, dando-lhe um abraço carinhoso e afável.
- Bella, sente-se aqui - Disse Zeus puxando a cadeira a sua direita.
A pequena criança sentou-se e logo atacou um bolinho de amora que estava a frente. O pai, sorrindo lhe disse:
- Hey, você acha que se comportou durante o ano?
- Claro, papai! Eu até fui pra igreja com a mamãe! - Ela realmente odiava as missas aos domingos.
- Haha, está certo. A mamãe tem uma surpresa... Você quer ver?
Ora, Zeus! Que pergunta infeliz!
O Pai mal havia terminado de falar e aquele pedacinho de gente já estava de mãos dadas com a mãe em direção ao sofá. Isa viu uma especie de Jaula ou gaiola... estava com muito sono para tentar lembrar o nome daquilo, algo pequeno estava se movendo... O coração explodiu. Conhecia aqueles olhos vermelhos.
- É O SENHOR COEEEEELHOOOO! - Exclamou loucamente fazendo os pais se entre-olharem sem entender bulhufas.
- Gostou, filha? - Perguntou Diana, com a inocência de uma pomba e um sorriso parecido ao de atriz porno querendo seduzir um mecânico, sabe?
- Sim, mãe! Eu o conheço! Obrigado, de verdade!
E lá se foi. Enfiou-se no quarto com o "Brinquedinho" novo, deixando Diana com um sorriso ridículo no rosto (Que graças aos Deuses foi mais bonitinho do que o anterior). Um silêncio cômico cobriu a sala.
Zeus foi o primeiro a falar:
- De onde ela conhece o Coelho?
- Oh, amor! Você vai mesmo ligar para o que uma menina de 7 anos diz? Deve ser algum outro coelho que ela viu por ai...
- Esta certo, vamos terminar o café!

E assim ficaram. Os dois tomando chá de camomila num dia cujo frio era insano e molhado... Enquanto isso, lá estava Bella, deitada na grama verde, com os pés no lago e o Sr. Coelho roendo algumas coisas esquisitas. Lá não existia frio, não existia camomila e muito menos cadelas mancas. Nada contra Lola, obviamente... Mas aquele era o próprio mundo. O pequeno mundo que a grande imaginação de Isabella conseguia criar.

Mais um estralo, mais sabor, mais uma maçã...

2 comentários:

  1. que foooooooofo gente *-* UHAUSHAUHSUAHSUHAUSHUASH

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  2. Awn Paulo, que lindo!
    Adorei, você escreve bem demais! *-*

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