quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Amanhecer Aterrador
Eu estou sonhando, sem dormir, pensando...
Chorando sozinho, olhando para a lua.
Sorriso costurado, rosto iluminado,
Trilhas de fardo pintando, pingando e cortando...
Lábios secos entre dentes serrados,
Chuva de sensações selvagens escorrendo seca em meio á poros enrugados
Olhos grandes, vermelhos, desesperados...
Coração cansado de bater para um corpo morto e calado.
Não posso... eu preciso de teu cheiro grudado.
De teus braços para me sentir renovado.
Agora desejo teus lábios, rosados...
Oh, pode segurar minha mão?
Preciso te mostrar minha paixão,
Quarto escuro, lençol riscado.
Não posso afagar teu cabelos, te peço perdão...
Diga-me, Deus, o que é isso que sinto?
Agonia que grita em meio a alucinação...
Desejo correndo veia por veia,
Meu amor sincero, longe de ilusão.
Por que?
Por que estás tão longe de mim?
Oh, meu corpo está doendo, meus olhos ardendo,
Eu não quero dormir, eu sei o que vou sonhar.
Diga-me, minha dama, deixe-me realizar tudo o que tendo á fantasiar?
Deixe, o laranja já está nascendo,
Corpo celeste aquecendo o vento...
Deixe-me amar meu anjo, que esconde as asas?
sábado, 19 de dezembro de 2009
Désolé... Ne Peuvent Pas
Eu não suporto, você está sorrindo para mim.
Solta no gramado, roupa leve, cabelos soltos.
Você sabe que é verdade...
Esse não é o melhor modo, mas sinto que perco tudo quando você diz "Adeus"
Tuas mãos, preciso de tuas mãos,
Para segura-las e seguir para a perdição.
Não são pecados, apenas desejos não honrados,
Eu não consigo sustentar teu sorriso sem pedir pra Deus, me poupar...
Fico louco, vontade de gritar.
Não consigo escrever algo belo, são apenas palavras desvairadas...
Cubra-se, mantenha-se escondida.
Eu não suporto ver teu corpo branco.
~~~~~~~
Não era mais dia, quando aquele trem partiu.
Tua mala de couro, com adesivos sem cola nas bordas...
Vestido caro... Oh, quando irá voltar?
Tire-me do teu limbo.
Esse não é o caminho, todos sabem que o segundo é o primeiro dos derrotados...
Não consigo, simplesmente não consigo!
Fingir ser alguém agora e depois sonhar contigo de novo!
Você não acreditava, que meu amor era gelado.
Você não se cobriu aquela noite no lago.
Você sabe que é verdade... todos aqueles pecados de volta pra você.
Nade, nade por minhas lágrimas, cante sobre minha linha.
Não espere, eu não preciso disso,
Lenha na máquina e deixe a fumaça sair...
---------------------------
Não sorria...
Não morda, mas se cubra.
Fique de pé, sinta o peso de tua alma e faça gritar...
Tudo irá voltar, poeira por poeira.
Esse não é o melhor modo, mas sinto que não vou acordar antes de você deixar-me na cama.
E partir...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Pegadas na Relva
Nos andamos nos jardins...
Em meio a corpos de soldados da luz...
Em meio a covas que eu mesmo cavei,
Cruzes que eu mesmo preguei.
Sentindo o cheiro da perda da inocência...
Das pernas tocadas por tulipas.
Orquídeas envolvendo teu corpo,
Num laço profundo, sem nós agudos...
Cachoeira azul que escorre do céu.
Apenas o véu branco cobrindo a carne...
Seu banho entre pedras,
Seu perfume em rosas...
As pegadas na relva,
O frio no ar...
Os pecados entrelaçados,
Com o prazer e a dor...
A honra não existe mais.
A água cobre seu corpo pálido,
sem sangue nas veias.
O vinho que o demônio degusta tem teu gosto.
Suco exalado de tuas veias mais roxas...
Asas de Ícaro costuradas com caule de rosas brancas...
O polem caindo, o mel derramado, adocicando tua carne bífida e sem sabor.
Mas eu rezarei por você...
Pedirei que Deus te poupe.
Você merece queimar no inferno,
Mas eu preciso estar lá primeiro.
Ventre volumoso,
Perdição grudada nas paredes de teu leito.
Tua cama fria,
Orla sem pássaros, sem pedras ou sal...
Mar sem sereia,
O chamado foi ribombado.
Jardins sem flores,
Sem duendes de gesso,
Sem arvores ou balanço.
Coração sem artéria.
Oceano sem escuridão.
Filho sem pai.
Eu vou viver de novo...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Eu Caminho Perto De Ti...
Você corre, mas por que está com medo?
O demonio te espera na próxima curva, Maria sem honra.
Pise fundo, estou seguindo você.
Abaixe o vidro, sinta meu cheiro antes de morrer.
Seu destino está ali do lado...
Seus olhos desesperados me enchem de orgulho.
Meu ego só aumenta com teus gritos.
Suplique piedade...
O cheiro de teus pneus gritando no asfalto ascende meu fogo.
O gosto das lágrimas pulverizando meus sonhos.
A dor de tua alma sorrindo para mim.
O calor da terra está perto do fim.
Corra!
Pise fundo, siga reto...
Corra!
Vire a esquerda, próxima a morrer...
Corra!
Pise fundo, siga reto...
Sem mais...
Vá com calma, bata na porta...
Meio anjo, demonio... vou seguindo o teu caminho.
Você é mais um dos meu brinquedos, vadia...
Chore, reze para o criador... Pena de tua alma, compaixão de tua dor.
Reze para o que tu acredita.
Peça para o que tu acredita.
Teus ultimos momentos serão prazerosos...
Me sente dentro de ti?
Janela aberta, vadia...
Som cuspido no talo.
Tuas pernas dançando no ar...
Pneus na estrada, vamos brincar...
Corra!
Pise fundo, siga reto...
Corra!
Vire a esquerda, próxima a morrer...
Corra!
Pise fundo, siga reto...
Sem mais...
Vá com calma, bata na porta...
5ª marcha, querida, não tenha medo.
Apenas escute o barulho e sinta o ronco.
Motor velho e cansado, luzes azuis e vermelhas para te carregarem ao inferno...
Feche os olhos e sirva-se da saliva do cão de três cabeças...
domingo, 11 de outubro de 2009
IV
Eu nunca vou poder saber o que você pintava,
Você me privou de tua arte.
Oh, criança, por que me atormenta?
Eu estava apenas sonhando...
Teus olhinhos verdes piscando devagar
Teu sorriso inocente dando vida as sombras...
Teus cabelos claros imóveis nas costas,
Teu vestido pesado dando beleza a tua figura encantadora...
Giz verde deslizando pelo papel,
Giz azul da mão esquerda inerte.
Sala escura e fétida, mas você não ligava,
O que será que você queria me dizer?
Peço que não volte, será melhor assim,
Eu tive medo do fim disso tudo.
Porque morreu sem me dizer? Oh Deus...
Tuas veias estavam roxas, teus olhos eram cinza...
Não gritou, não chorou... apenas me olhou.
Oh, teus fios dourados varreram o chão.
Me deixe dormir está noite.
Oh, Deus...
Leve outra alma.
sábado, 10 de outubro de 2009
Apenas morda
Abaixe tuas mãos e morda minha jugular.
Tuas mãos estão quentes, puta...
Eu paguei por isso?
Oh, vá com vontade.
Tua vaidade não combina com teu cheiro...
Eu paguei para te ver queimar.
Te ver pular, gritar e te dominar.
Seja selvagem...
Arranque esse vestido estampado.
Ele não combina contigo...
Solte teu cabelo e descubra as pernas.
Você não tem cara de criança.
Essa tinta barata te deixa com cara de vaca.
Não tire o salto, pise em minhas costas.
Oh, teu sorriso é belo, mas teus lábios estão secos.
Maquiagem borrada... eu fiz isso?
Você é como um gato num galinheiro.
Ja pedi para tirar o vestido?
Convide-me para uma dança...
Esfregue-se em meu corpo.
Lamba meu eu.
Acabe com um beijo.
Grite, meus dedos estão onde devem estar...
Sorria, tua lingua está onde deve estar.
Pule... meus olhos estão como devem estar.
... Apenas morda...
Procure... você encontrou algo?
Eu estou esperando tua chama.
Engula tua frescura e convide-me para o fim do mundo.
Eu sei que pode faze-lo.
Oh, cadela inútil...
Quanto vale tua noite?
Arraste tuas meias até o fim dos teus pés.
Esmalte vermelho sem brilho e descascando.
Unhas do polegar quebrada... Oh, isso não vale tanto.
Por que está ai, parada como uma cortina?
Eu não quero uma TV, eu quero teu corpo!
Você é como um gato num galinheiro.
Ja pedi para tirar o vestido?
Convide-me para uma dança...
Esfregue-se em meu corpo.
Lamba meu eu.
Acabe com um beijo.
Grite, meus dedos estão onde devem estar...
Sorria, tua lingua está onde deve estar.
Pule... meus olhos estão como devem estar.
... Apenas morda...
Oh, eu gosto da maneira como eu te faço gritar.
Eu gosto da maneira como você dança, vaca...
Eu gosto de cheiro que emana dos poros.
Eu gosto de pagar para você me morder...
Você é como um gato num galinheiro.
Ja pedi para tirar o vestido?
Convide-me para uma dança...
Esfregue-se em meu corpo.
Lamba meu eu.
Acabe com um beijo.
Grite, meus dedos estão onde devem estar...
Sorria, tua lingua está onde deve estar.
Pule... meus olhos estão como devem estar.
... Apenas morda...
sábado, 5 de setembro de 2009
Abaixo Das Águas
Mão esquerda macia, passando pelas pétalas caidas,
Beira do lago...
Coração jovem pulsando, caule ainda virgem...
Cabelo castanho claro, ombros brancos e perfumados...
Leve-me contigo para o mundo azul.
Onde as pessoas sao doces,
Onde a vida é simples,
Onde a pureza das crianças envaidece os idosos.
Onde o mundo é azul como a iris de teus olhos...
Arraste teu vestido branco pela terra molhada,
Arranque esta rosa rosada...
Bata tuas asas de fada, teu mundo está abaixo das águas.
Reze por tua salvação.
Teus lindos olhos azuis não te salvarão...
Finque teus pés no chão.
Fada querida...
Guie-se pelas estradas rubras de teu coração.
Hey, Mai... Obrigado por isso. =D
terça-feira, 25 de agosto de 2009
220809
Respire, sussurre em meus ouvidos.
Tua risada martela meus sentidos,
Tuas unhas rasgam meu corpo.
Meus dentes cravados em tuas coxas iluminadas apenas pela lua sem cor.
Tua boca rolando por meu pescoço sem pudor algum, desejo que pulsa com fome.
Puxe-me, Morda-me, me beije como nunca...
Teus seios perfumados em meus lábios temperados pelo suor que escorre de teus poros.
Agora sorria e queime meu interior...
Puxando teus cabelos, você ainda sussurra.
Me faz queimar por dentro.
Me faz queima-la por dentro.
Dance sobre mim, me guie em teus lençois...
Prazer escorrendo por meus pecados, Vontade correndo em meu sangue.
Te desejo todas as noites, como te tenho agora.
Num lapso pervertido de uma criança impura...
Fantasia fulminante que empregna em minha alma sem culpa.
Deixe-me tornar tuas pernas bambas...
Eu preciso sentir teu calor em minhas mãos...
Beber de teus urros, pedindo intensidade.
Aumente o ritmo de tua dança.
Agora sorria e queime meu interior...
Eu preciso virar e te encontrar na cama.
Dormindo como uma gata após horas selvagens...
Respirando de vagar... sem suar ou sussurrar.
Livrando meus demônios em tuas terras altas.
"Jogue teu cabelo negro sobre meu rosto e dance..."
Isso é tudo que eu posso te dizer.
Mas desejo mais e mais a cada sorriso...
domingo, 9 de agosto de 2009
Cale-se!
Por que eu tenho que me curvar diante de um Rei que eu não escolhi?
Por que você me mandou para a guerra para lutar por algo que não acredito?
Por que você nos mandou lutar se você está bebendo um Gim barato sentado em teu trono sarnento?
Por que não ergue a espada que leva contigo junto ao corpo cheirando a porcos?
Líder covarde escondido num castelo de tijolos roubados, areia de nossas janelas e pedras de mentiras...
Serenata particular nos cômodos baixos do castelo...
Você canta nos ouvidos dos pobres famintos.
Você, como uma galinha, nos ouvidos de mães sem teto.
Nós aqui.
Morrendo nos campos,
Enlouquecendo nos desertos, o sol torrando nossos cérebros...
Comendo raiz.
Bebendo lama,
Sonhando com uma cama...
O peso das armas amaldiçoadas que carregamos além dos nossos.
O arder penetrante das balas enferrujadas com as lágrimas da virgem morte...
Balas que eu fincarei na artéria podre que ainda jorra teu sangue podre.
Sangue que corre em tuas veias entupidas de pecados e insanidades.
Eu vou voltar e olhar teus olhos.
Você irá curvar teu lombo diante de mim.
Suplicar para que eu não tente matá-lo por algo que não acredito.
Oferecer-me o melhor vinho de tua adega empoeirada.
Deixar cair tua espada que você só usa para fatiar cenouras.
Costure tua boca e cale-se!
domingo, 26 de julho de 2009
Alma Selvagem
(Paulo Roberto/Fê Williams)
Menina selvagem correndo pela orla de sangue...
Prazer fluindo dos troncos mortos.
Vestido branco, laço azul na cabeça...
Olhos sem vida, mar sem sal.
Nuvens negras e desejos de luxúria,
Ela desfila pela noite
Sedenta por vida...
Manchas fixam em sua pele.
O vento acariciando os cabelos sedosos da criança quieta...
Lambendo as costas despidas e descendo...
Lua escondida iluminando teus pés.
Areia fofa tocando os pés da besta.
Teus olhos viram de dor.
A sombra cobrindo sua inocência...
Deixando teus pensamentos escuros e sombrios.
Pela noite ela se cobre em chamas.
Apenas rasteje...
Deixe que teus ouvidos busquem pelo fim...
Feche os olhos...
Lamba as feridas que estão no meio de tuas pernas...
domingo, 19 de julho de 2009
Deixe...
Doce Olhar cheio de sentimento,
Vivo na carne,
Na alma
E nos sonhos...
Doce olhar sombrio,
Cheio de mágoas...
Nas lágrimas
E nos desejos.
Doces noites de lua nova,
Densa névoa, sereia encantada...
Beije...
Sinta seu cabelo
Ser levado pelo meu sopro...
Beije...
Sinta seus lábios
Se juntarem ao meu sofrimento.
Deixe...
Meus sonhos criarem asas
E voarem para teus braços...
Sinta...
Teus lábios rubros me cobrindo
De vermelho...
Amargos os sonhos perdidos e infames...
Os sonhadores mortos pela lua...
As dores...
Dores que só eu sinto
Sem o medo
Das consequências...
As lágrimas são derramadas no teu colo
Mas eu não choro...
Para onde o vento me leva?
Eu não posso voltar...
Beije...
Sinta seu cabelo
Ser levado pelo meu sopro...
Beije...
Sinta seus lábios
Se juntarem ao meu sofrimento.
Deixe...
Meus sonhos criarem asas
E voarem para teus braços...
Sinta...
Teus lábios rubros me cobrindo
De vermelho...
Os conflitos sem fim de uma só cor,
Tomam todo o teu tempo...
O luar mascavo lhe toma as dores do tempo das pernas duplas...
Volte...
Naquele tempo tão gostoso,
Onde olhares eram grandes beijos...
Mostre-me aqueles passos curtos...
Volte naquele tempo tão diferente,
Onde tinha prazer de viver...
Beije...
Sinta seu cabelo
Ser levado pelo meu sopro...
Beije...
Sinta seus lábios
Se juntarem ao meu sofrimento.
Deixe...
Meus sonhos criarem asas
E voarem para teus braços...
Sinta...
Teus lábios rubros me cobrindo
De vermelho...
quinta-feira, 16 de julho de 2009
O Desejo De Ver O Sol
Passando pelo bosque das trevas
Onde os ventos sopram eternamente, sem descançar...
Onde as gotas caem das árvores
Como se estivessem a chorar...
Onde não á dia.
Onde a neve plana sobre o solo infértil...
Onde os galhos secos se quebram com o soprar do vento,
Onde tudo parece mais lento...
As nuvens escuras se movem vagarosamente,
Onde as paredes cobertas de gelo parecem te observar a todo momento,
Com olhos bem atentos...
Nos rochedos não vejo animais,
Nos campos não vejo pardais,
O desejo de todos é ver o sol nascer
Poder sair e na escuridão do dia, não se perder...
Poder amar com o sol a brilhar!
Poder olhar para o horizonte,
Ver o sol bater nos montes...
Um desejo noturno de ver o astro queimando em chamas...
E começar uma nova vida iluminada...
†
Estou caminhando...
A rua está escura.
Os mulos observam dos prédios abandonados.
Os rifles estão apontados para minha cabeça...
As mãos deles tremem,
De guardas... à presas...
Sem brilho nos olhos,
Sem sangue nas veias.
Os 30 estão de pé!
Lucas acordou.
O sol a noite,
As cinzas no chão.
Rainha Ruiva que enxerga apenas um lado
Dançando entre as árvores...
Exército de Cantarzo para a consolidação do trono.
A Cobra engole...
"Rume para o norte, Lacaio...
Encontre Teresa.
Você será recompensado,
A vida eterna e maldita será nossa glória!"
Os olhos amarelos vindo...
Lucas está agindo...
O sol a noite...
Os olhos se apagam...
O Bispo sussurra em teus ouvidos,
Aparece em teus sonhos,
Encoraja tua bravura...
"Ele tem o poder,
Ele tomou meu sangue,
Ainda quente no estômago..."
Os olhos estão acessos,
O covil foi atacado,
O dia queima os mortos, que já estavam mortos...
"Tragam Mais!!"
"Os Dragões te esperam na praia, meu irmão..."
Inspirado na trilogia:
Bento, Vampiro Rei Vl. 1 e 2. De André Vianco.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Fada Amedrontada
(Paulo Roberto)
Eu gosto da maneira que teus olhos viram...
Tua carne rompe, minha fonte seca.
Eu sinto vontade de repetir os ritos.
Canela pura em tua cama rubra.
Eu gosto do jeito que você grita cansada.
Sorriso falso, tentação maldita.
Eu sinto dor em te olhar de novo.
Cubra meus olhos sinta-se farta.
Eu gosto da forma de tuas pernas frias,
Corpo sem cor, palidez medonha.
Eu sinto vontade de repetir os ritos...
Jogue-me, temos tempo...
Não chore, apenas me morda...
Não deite, apenas suba...
Deixe o vento levar,
O corpo da fada amedrontada...
Eu gosto do barulho que tuas asas fazem...
Descendo pelo chão, os lençóis abaixo.
Cortinas negras, não há luz na cena...
Roteiro manchado de suspiros e nanquim
Furte minha alma agora...
Arranque-a com tuas unhas.
Prenda-me com teus cabelos.
Você é só uma fada amedrontada...
Apenas uma fada amedrontada...
terça-feira, 2 de junho de 2009
O Ultimo Soldado Vivo
Eu posso sentir o calor da pólvora
O ruído das almas voando dos corpos...
Eu posso ouvir o barulho das balas,
Chumbo enferrujado no peito de minha armada.
Campo de guerra, cemitério de histórias...
Urubus a postos, refeição farta.
Corpos mutilados pela criação de antepassados,
Um pasto de sangue, o cheiro da dor.
Trincheiras derrubadas,
Áreas minadas...
As preces rogadas pela mente.
Criança degolada com a mão sobre os olhos...
O frio Soviético mordendo minha carne...
Armas desalinhadas, munição roubada.
Todo o caminho queimado.
As labaredas do Inferno lambendo as ruas da Capital.
Possas e mais possas...
O Último soldado vivo.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Peso
Lista de Desejos
2 - A pessoa selecionada deve fazer uma lista com oito coisas que gostaria de fazer antes de morrer.
3 - É necessário que se faça uma postagem relacionando estas oito coisas e é necessário que a pessoa explique as regras do jogo.
4 - Ao finalizar, devemos convidar oito parceiros de blogs.
5 - Deixar um comentário para quem nos convidou.
Lá vai...
01. Conhecer a Europa...
02. Conseguir uma "Lado Earth 2004"
03. Ser feliz [Básico]
04. Ir a um Show do Van Halen
05. Uma casa na Inglaterra
06. Formar uma Família *-*
07. Tours & Tours arround the world
08. Tê-la
domingo, 3 de maio de 2009
Sanatório
Sanatório
Pt.1
Meu caro amigo, você ouve essa voz?
Ela grita meu nome...
Por que ela está desesperada?
As paredes estão forradas, por isso eles não me ouvem chamar?
Por que essas correntes me prendem?
Eu ouço vozes...
Sanatório
Pt. 2
A porta do quarto está se abrindo.
Eles querem me machucar outra vez...
Mais uma agulha fina, um líquido asqueroso!
Isso está dentro de mim?
Por que essas correntes me prendem?
Por que essas luzes nunca se apagam?
Eles sempre dizem a mesma coisa...
Debaixo da cama estarei seguro...
O único lugar que se mantém negro.
Por que uso essa roupa?
Meus braços estão apertados...
Alguém pode tirar isso de mim?
Por que eles cortaram meu cabelo?
Não consigo ver direito...
Por que está tão quente aqui?
Alguém me leve para meu lar...
Sanatório
Pt. 3
Eu tenho medo...
Eles estão vindo.
Só preciso de um papel...
Vou escrever para eles,
"Parem de dizer isso de mim!!"
Ah, vocês estão me seguindo...
Vocês estão invadindo meus sonhos,
Raptando minhas fantasias,
Poluindo meus mistérios.
Outra agulha em minha veia,
Outro sono sem sono.
Outra dor...
Outra vida...
Por que essas correntes ainda me prendem?
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Nossos Vôos
Você consegue se lembrar da cor de meus olhos?
Eram castanhos como os cachos de teu cabelo...
Lembra-se da felicidade de nossos vôos?
Açucarados os dias de verão...
Nunca me esqueci de teu sorriso brotando...
Era como tocar a lua.
Lembro do sabor de teu beijo quente...
Doces noites de outono...
Quando o crepúsculo pairava no céu vermelho...
O lago nos refletia num vôo ameno.
As flores brotavam abaixo de teus pés,
Lindas as tardes de primavera.
Os flocos de neve cobrindo nossas asas,
Só teu corpo me aquecia...
Tuas mãos geladas em minhas costas...
Fumegantes madrugadas de inverno.